Ivan Santos*

Com o Brasil fora da Copa do Mundo, e restando poucos dias para articulações eleitorais, os grandes partidos em Minas – PT, PSDB e PMDB – apressam as negociações para lançar candidatos a governador, senador, deputado federal e estadual. O MDB está dividido em quatro correntes, cada uma delas defendendo posições eleitorais diferentes (ler comentário do ex-deputado federal e tradicional militante do MDB mineiro, Luiz Alberto Rodrigues, no PONTO DE VISTA desde blog). Os deputados estaduais peemedebistas que apoiam o presidente da Assembleia de Minas, Adalclever Lopes, defendem a aliança com o PT para a eleição deste ano. Eles acreditam que terão mais chance de se reelegerem unidos com os petistas para a formação da legenda. O MDB, que tem vasta experiência em negociações eleitorais, nos últimos anos tem preferido disputar eleição ao lado de quem tem mais possibilidade de conquistar o poder. Como as primeiras pesquisas sinalizam vitória do senador Anastasia, uma corrente no MDB, como informa o experiente Luiz Alberto Rodrigues, inclina-se para marchar ao lado do tucano, pré-candidato a governador. O MDB sabe que o partido que conquistar mais espaço político no legislativo divide o poder com quem ganhar a eleição seja este de que partido for. O PSDB tem duas vagas de candidato a senador. Uma delas espera pela decisão do senador Aécio Neves que poderá ou não ser candidato a reeleição. A outra é capital para negociar com algum grande partido ou candidato, seja este do MDB (Adalclever Lopes ao Antônio Andrade), do PSB (Márcio Lacerda) ou do DEM (Rodrigo Pacheco). Por enquanto ainda não há chapa definida completamente em Minas, exceto a do PT que nestas eleições não deverá se coligar com nenhum grande partido. A candidatura de Dilma Rousseff ao Senado por Minas Gerais, imposta soberanamente pelo cacique Lula da Silva, poderá deixar o PT isolado na eleição do Estado a não ser que este partido conte com apoio das tradicionais legendas da esquerda, PCdoB e PSOL.

*Jornalista