Ivan Santos*

Acabou a festa do futebol. A poderosa Seleção do professor Tito voltou pra casa derrotada. Natural. Quem entre num jogo ganha ou perde. O Brasil perdeu. Se quiser ganhar precisa trabalhar com seriedade durante quadro anos, preparar outra Seleção de “cobras” para enfrentar “feras” de todos os tamanhos. Como dizia o filosofo corintiano Vicente Mateus: “Quem entra na chuva é pra se queimar”. A Seleção do Tito se queimou na reta de chegada. Foi até onde pode ir. A festa acabou. Agora é hora de cada brasileiro se prepara para cuidar de outro desafio: escolher o próximo presidente da República e o novo governador do Estado, senador e deputados para que juntos eles possam reorganizar um pais quebrado por políticos irresponsáveis que assumiram o poder “sem medo de ser feliz”, se locupletaram e abalaram a democracia cabocla com roubalheiras e falcatruas. Destacamos aqui um exemplo de irresponsabilidade política para meditação: Em Minas, o governador que comanda o Estado gasta muito dinheiro com a compra de máquinas, veículos e equipamentos para doar a pequenos municípios e assim conquistar simpatia dos eleitores e votos para continuar no poder a partir de 2019. Faz isto e não repassa o dinheiro que o Estado deve às prefeituras. Neste Estado os hospitais e presídios podem deixar de funcionar porque não têm dinheiro para pagar o pessoal operacional nem para comprar alimentos. Esta semana o jornal O TEMPO de Belo Horizonte informou que “o repasse de verbas do Estado para hospitais, presídios e centros educativos está em atraso desde março”. Sem dinheiro para o custeio esses serviços podem parar de uma hora para outra. Sem os repasses de dinheiro do Governo do Estado os fornecedores desses estabelecimentos também não recebem e assim forma-se uma imensa cadeia de inadimplência. A falta de comida nos presídios também sinaliza uma crise sem precedentes no setor. Não dá mais para empurar as dívidas com a barriga. Em Uberlândia, o Hospital Municipal que tem para receber mais de R$ 80 milhões do Estado só continua a funcionar porque o prefeito Odelmo Leão tira dinheiro de outros setores para garantir atendimento médico-hospitalar à população local, mas se o Estado não pagar o que deve a saúde nesta cidade também entrará em colapso. Esta é uma situação absurda, mas real e é sobre ela que todos os torcedores da Seleção Brasileira deverão meditar de hoje em diante. Boa semana sem Seleção em campo. Domingo que vem vamos conhecer o campeão mundial de futebol que não será o Brasil.

*Jornalista