Ivan Santos*

Pelo menos até agora não apareceu um pré-candidato a presidente da República do Brasil com uma proposta clara e predefinida sobre educação. E isto num momento em que a sociedade mundial se prepara para entrar na Quarta Revolução Industrial, com países como a China, Japão, Coréia e Cingapura à frente. Esses países crescem e se preparam para a nova onda de inovações através da preparação do povo com educação tecnológica moderna. No Brasil, o tema que movimenta a população hoje é a segurança. Educação não parece ser prioridade. Isto é profundamente lamentável e um equívoco social impressionante. Este assunto é muito sério. Ontem, em São Paulo, o economista alemão Klaus Schwab, criador do Fórum Econômico Mundial em 1971, disse que a questão da preparação desta geração através de educação tecnológica para promover o desenvolvimento econômico futuro é séria e decisiva. Segundo ele, a humanidade está hoje diante de uma transição para um mundo multipolar no qual cada povo segue seus interesses. Explicou também o Doutor Schwab que hoje estamos na Quarta Revolução Industrial e, neste contexto, as linhas divisórias não são mais entre direita e esquerda, mas entre aqueles que querem defender o passado e aqueles que querem se preparar para o futuro. O Brasil não pode continuar dependente de governos assistencialistas que prometem “bondades” para o povo em troca de votos para se manterem no poder. O Brasil precisa de estadistas que plantem árvores para oferecer sombras e oxigênio para a população no presente e no futuro. Isto é tarefa de estadistas, não de políticos oportunistas. Até o momento, com raras exceções, o que temos visto no cenário pré-eleitoral do Brasil são vendedores de ilusões. O clima atual aqui na pátria amada é este: quem tem votos é oportunista que vendem ilusões; quem tem visão clara da situação e capacidade para construir um futuro seguro pela educação, não tem votos. Se continuar este cenário, na próxima eleição a maioria dos brasileira poderá trocar seis por meia dúzia e o Brasil ficar como sempre foi, sem nada tirar ou por.

*Jornalista