Gustavo Hoffay*

Em vão envidar qualquer esforço no sentido de avaliar a política e os seus agentes; a princípio, claro, devemos considerar todos eles na qualidade de trabalhadores honrados, virtuosos e investidos de um caráter e de uma personalidade absolutamente resistente, inviolável e como fizeram-se parecer quando do período de suas respectivas campanhas eleitorais; principalmente aqueles que investiram fortunas para criar uma imagem que traduzisse simpatia e confiabilidade a milhares e milhares de civilizados cidadãos brasileiros e em todos os quadrantes desta imensa e rica nação. Todavia o que a nossa consciência tupiniquim custa a aceitar, embora muitos e muitos de nós ainda deixem-se embriagar por ilusões políticas, é a insistência de governantes em tratar-nos como a analfabetos políticos e guiados tal e qual a uma boiada, enquanto ferrados por varas e guiados por gritos. Chegam a falar de uma tal “liberdade” em que vivemos mas, pessoalmente, seria-me de extrema utilidade se dissessem que tipo de liberdade é essa: “de” ou “para”? De que, para quem, para o que, de quem? Ora, francamente…. Todos trazemos dentro de nós os nossos projetos para cada fase de nossas vidas e que devem desabrochar-se aos poucos, lentamente e de acordo com os nossos próprios esforços para tal. Da mesma forma trazemos um feixe de virtudes no peito e cabe a cada um nós fomenta-las para o nosso bem e também aplica-las em benefício de outros que , por algum motivo, não gozam ou nunca gozaram de oportunidades para praticar as deles próprias . Não somos e nem podemos sentir-nos objetos de propagandas políticas e de manipulação de políticos que, a cada ano e sempre mais, parecem tratar-nos como a ingênuas alavancas para o seu próprio bem. E às vésperas de um importante ano eleitoral, desde já é virtude da prudência que analisemos o contexto político recente para que possamos ter uma ideia melhor a respeito de quem deverá merecer aquilo que temos de inestimável valor: o voto! Assim, um autêntico juízo sobre quem deverá merecer o meu precioso voto, já começou a depender do meu ponto de vista sobre o comportamento de prováveis e quase certos candidatos nesse crucial momento da vida tupiniquim, já sendo eles políticos ou cidadãos ativamente inseridos na sociedade onde atuam. E a nossa prudência no sentido de observarmos com acuidade as ações de políticos no momento atual da Operação Lava-Jato deve ser rica e matizada, bem mais até que em eleições passadas e em circunstâncias diferentes e para que evitemos votos inúteis no tocante àquilo que precisa e merece o nosso berço esplêndido, para o nosso bem e para bem de tudo o que desejamos para essa nossa amada e idolatrada pátria! Sugiro que anotemos e com real clareza as ações dos protagonistas políticos em fases diversas da “Operação Lava Jato” e o que dali decorre ao seu redor, de baixo para cima e da esquerda para a direita. Prestemos atenção em acontecimentos forjados na sem-vergonhice e no charlatanismo, vejamos como atuais políticos reagem a acontecimentos contrários à sua vontade ou contrariando sobremodo a vontade dos seus eleitores e entravando aquilo que deles espera-se em suas ações legislativas. Acredito que o político no gozo do seu mandato deve estar a par e passo com a finalidade da sua inteligência pela conquista da verdade e da satisfação do seu eleitorado, realizando as aspirações dos seus eleitores pela prática das suas virtudes de homem. Luz amarela acionada. Sejamos todos vigias e estejamos sempre alertas neste atual momento da vida política tupiniquim, rico em oportunidades para colher-se o bem a partir do discernimento de um grande mal que muitos plantaram e cultivaram. Separarmos o joio do trigo não é tarefa fácil; portanto toda a tenção ainda é pouca.

*Agente Social